Circunstâncias de como ocorreu a queda da aeronave intrigam especialistas em aviação
737-800
O Boeing 737-800 da China Eastern Airlines, que caiu nesta segunda-feira (21) no sul do país com 132 pessoas a bordo, despencou mais de 6 mil metros em apenas dois minutos. As informações são do O Globo.
Modelo de avião que caiu na China teve acidente no Brasil em 2006, com 154 mortes
Boeing 737-800 que caiu na China tem bom histórico de segurança em voo
Dados do site FlightRadar24, que monitora a atividade de voos em todo o mundo, mostram que às 14h20 (horário local) o avião voava a uma altura de 8,8 mil metros. Dois minutos e 15 segundos depois, ele já estava a 2.700 metros de altitude, passando para 900 metros apenas 20 segundos depois.
A aeronave fazia a rota entre as cidades de Kunming e Guangzhou e, conforme a Administração de Aviação chinesa, o contato com ela foi perdido quando sobrevoava a cidade de Wuzhou.
Vídeo registrado por uma câmera de segurança e divulgado pelo canal de notícias indiano NDTV mostra o avião caindo de bico diretamente no solo, em uma região montanhosa.
ACIDENTES SÃO RAROS EM FASE DE CRUZEIRO
O acidente vem chamando atenção e intrigando especialistas da aviação. Isso porque fatalidades envolvendo este modelo de avião são raras, especialmente quando o voo está em fase de cruzeiro, ou seja, o trajeto entre o final da subida da aeronave e o início da descida no aeroporto.
Entre 2011 e 2020, apenas 13% dos acidentes comerciais fatais em todo o mundo ocorreram durante a fase de cruzeiro, segundo relatório da Boeing divulgado no ano passado. O documento revela que 28% dos acidentes com mortes foram na aproximação final e 26% no pouso.
"Normalmente, o avião está no piloto automático durante a fase de cruzeiro. Portanto, é muito difícil entender o que aconteceu. Do ponto de vista técnico, algo assim não deveria ter acontecido", disse o especialista em aviação Li Xiaojin, à agência Reuters.
USO DE AVIÃO SUSPENSO
O modelo 737-800 da Boeing tem um bom histórico de segurança e é o antecessor do 737 MAX, que está parado na China há mais de três anos após os acidentes fatais de 2018, na Indonésia, e de 2019 na Etiópia.
No entanto, a companhia aérea China Eastern Airlines decidiu suspender o uso todos os Boeing 737-800. A empresa acionou um mecanismo de resposta para emergências e enviou uma equipe de trabalho para o local do acidente.
Segundo a emissora estatal CCTVO, o presidente chinês Xi Jinping pediu aos investigadores que determinem a causa do acidente o mais rápido possível e garantam a segurança "absoluta" da aviação.
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