Anti-inflamatório pode reduzir em 38% mortalidade de doentes graves de Covid, mostra estudo


Um estudo com o medicamento baricitinibe, que é usado para artrite reumatoide, mostrou resultados positivos no tratamento de pacientes graves com a Covid-19. Os resultados indicaram uma redução de 38% da mortalidade entre os infectados.

O medicamento atua no controle do processo inflamatório desencadeado pelo vírus, traz reportagem do jornal O Globo. O resultado foi anunciado por médicos que conduziram a pesquisa em 12 diferentes centros clínicos do país.

“Isso significa que, aproximadamente, a cada 20 pacientes, uma vida foi salva recebendo o remédio”, sinaliza o infectologista Adilson Cavalcanti, coordenador do estudo no Hospital Anchieta, de São Bernardo do Campo, em São Paulo.

Conforme a reportagem, a droga passou a ser avaliada para autorização de uso permanente no Brasil.

O trabalho foi patrocinado pela multinacional Eli Lilly, fabricante do medicamento. O braço brasileiro do estudo integrou uma colaboração internacional, que testou a droga em 1.525 voluntários. A expectativa é que o resultado seja publicado em breve num periódico acadêmico, já foi divulgado como estudo preliminar.

Um outro medicamento para tratar a artrite reumatoide já foi testado e obteve resultados positivos no Brasil. Um estudo do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa, ligado do Hospital Israelita Albert Einstein, identificou que o medicamento tofacitinibe pode reduzir em 37% a chance de morte ou piora dos quadros de insuficiência respiratória provocados pela infecção pulmonar causada pela Covid-19. Os resultados foram publicados na revista médica The New England Journal of Medicine, uma das mais importantes internacionalmente (leia mais aqui).

No estudo do baricitinibe, o remédio foi administrado em alguns pacientes junto do tratamento de suporte padrão, que incluiu uso de medicações, como corticoides, dexametasona e ventilação mecânica quando necessário, ressalta a reportagem. No outro grupo, os pacientes receberam o mesmo tratamento, mas com um placebo no lugar da droga em teste. (BN)

Fonte: Voz da Bahia

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