O presidente do Haiti, Jovenel Moise, de 53 anos, foi morto em um ataque à residência oficial na capital Porto Príncipe, anunciou nesta quarta-feira (7) o primeiro-ministro do país, Claude Joseph. De acordo com o premiê, a primeira-dama Martine Moise levou um tiro.
Em um comunicado, Joseph afirmou que um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente por volta de 1h da manhã e “feriu mortalmente o Chefe de Estado”.
O primeiro-ministro aproveitou e pediu à população para ficar calma. Ele disse ainda que “a situação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti”. Joseph completou pontuando que “todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.
Tentativa de golpe
Segundo o governo do Haiti, uma “tentativa de golpe” de Estado e assassinato contra o presidente foi frustrada por autoridades do país em fevereiro deste ano. Na ocasião, vinte e três pessoas foram detidas, entre elas um juiz federal do Tribunal de Cassação e uma oficial da Polícia Nacional.
Moise governava o Haiti sem o controle do Legislativo desde o ano passado e dizia que ficaria no cargo até 7 de fevereiro de 2022, em uma interpretação da Constituição rejeitada pela oposição. Para eles, o mandato do presidente havia terminado em 7 de fevereiro deste ano.
Eleições legislativas e municipais deveriam ser realizadas ainda em 2021, mas elas foram adiadas para 2022 – o que gerou um vácuo de poder. Moise afirmava que estava habilitado para continuar no cargo por mais um ano.
(Sociedade Online)
Foto: Reprodução / CNN Brasil
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