Segundo o Ministério Público Federal, o empresário teria simulado a injeção de até US$ 1 bilhão em uma de suas empresas para atrair investidores
Por Juliana Rodrigues
O empresário Eike Batista foi condenado pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro a uma pena de 11 anos e 8 meses de prisão, por crimes contra o mercado de capitais. A decisão da juíza Rosália Monteiro Figueira também estabelece o pagamento de multa no valor de R$ 871 milhões pelos crimes de insider trading (uso de informação privilegiada) e de manipulação de mercado. O empresário ainda pode recorrer da decisão.
Eike foi denunciado em 2014, sob a acusação de ter lucrado com a venda de ações de sua empresa OGX, ao ocultar do mercado informações negativas sobre a companhia.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário teria simulado a injeção de até US$ 1 bilhão na OGX para atrair investidores, incorrendo no crime de manipulação de mercado.
O MPF também acusou Eike de usar informações privilegiadas para lucrar com a venda de ações em 2013. De acordo com a promotoria, o empresário teria vendido as ações da OGX em um momento em que ele possuía informações que ainda não tinham sido divulgadas para o mercado. A defesa de Eike nega as acusações.
O empresário, que chegou a ser um dos homens mais ricos do Brasil, recorre em liberdade, mas já foi preso duas vezes em operações Lava Jato. Na mais recente, em 2019, ficou detido por dois dias até ser beneficiado por um habeas corpus.
(Metro1)
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