A primeira-dama do Haiti, Martine Moise, afirmou que os assassinos do seu marido, o presidente Jovenel Moise, do Haiti, só não a executaram porque pensaram que ela estava morta. A declaração foi dada a uma entrevista ao jornal New York Times, publicada nesta sexta-feira (30).
De acordo com a viúva, no momento do atentado, sua boca estava cheia de sangue e seu cotovelo tinha sido atingido por disparos de arma de fogo. Além disso, ela chegou a ver as botas dos assassinos no momento em que eles mataram Jovenel.
Ainda segundo a primeira-dama, os homens que entraram no quarto atirando não falavam creole nem francês, as línguas do Haiti, mas em espanhol. Eles também procuravam por um documento entre as pastas do seu marido. Analisando alguns papéis, encontraram o que buscavam e apontaram a lanterna para os olhos de Martine, pensando que ela estaria morta.
Na noite do crime, Martine e o marido estavam dormindo, quando escutaram os disparos. Ela correu para acordar os dois filhos e pediu para que eles se escondessem no banheiro. Jovenel ligou para seus dois chefes de segurança, que lhe responderam que estavam a caminho. Ambos estão presos, sendo investigados sobre o caso.
Os assassinos entraram com facilidade na casa do presidente haitiano. Segundo Martine, Jovenel pediu a ela que deitasse no chão e disse que assim estaria segura.
Martine afirmou que considera que as investigações ainda não são conclusivas para determinar quem encomendou o assassinato de seu marido.
Alguns suspeitos já foram presos: 18 mercenários colombianos, um ex-juiz haitiano, dois membros da equipe de segurança de Jovenel Moise, um vendedor de armas e um vendedor de seguros que vivia na Flórida, nos EUA.
A polícia do Haiti afirma que o plano foi elaborado por um doutor e pastor chamado Christian Emmanuel Sanon, que teria contratado mercenários colombianos para matar Jovenel Moise e tomar o poder.
Sociedade Online
Foto: Reprodução/Record News
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