Time ficou no empate durante o tempo complementar e foi superado nos pênaltis em 3 a 2 nesta quinta-feira (11)
Foto: Karim JAAFAR / AFP
Ao ser derrotado pela primeira vez em sua história por time africano nesta quinta (11), o Palmeiras voltará do Qatar com a pior campanha de um time sul-americano na história do Mundial de Clubes da Fifa. Na disputa pelo terceiro lugar da competição, a equipe brasileira sofreu revés do Al Ahly nos pênaltis, por 3 a 2, depois de um empate sem gols no tempo regulamentar. Felipe Melo desperdiçou a cobrança que definiu a derrota.
Os outros quatro times sul-americanos que também foram derrotados nas semifinais - Internacional (2010), Atlético-MG (2013), Atlético Nacional-COL (2016) e River Plate-ARG (2018) - pelo menos voltaram para casa com uma vitória.
O revés alviverde foi ainda mais frustrante para um clube que sonhava com uma inédita conquista em sua segunda participação no campeonato. Em 1999, encerrou sendo superado pelo Manchester United (ING), 1 a 0, em final no antigo formato do torneio, em que se enfrentavam o campeão europeu e o sul-americano.
No histórico geral, em seus três jogos em Mundiais, o Palmeiras não conseguiu marcar nem sequer um gol no tempo regulamentar e volta do Qatar com o pior ataque da competição - na semifinal, perdeu do Tigres por 1 a 0.
Contra times africanos, antes deste confronto, o Palmeiras disputados três jogos contra, Cornerstone-Gana, Accra Great Olympics-Gana e Stationery Stores-Nigéria, diante dos quais venceu duas vezes e empatou uma.
O jogo
Embora tenha terminado o primeiro tempo com mais posse de bola (52% x 48%) e com mais chutes a gol (8 x 5), o Palmerias teve ritmo lento, com poucas oportunidades de abrir o placar, enquanto o Al Ahly esteve mais perto do gol.
O time egípcio rondava a área de Weverton mesmo tendo de jogar sem os seus dois principais homens de ataque, Mahmoud Kahraba e Hussein El Shahat, banidos da competição pela Fifa por quebrarem regras de proteção contra a Covid-19 na estreia da equipe.
A melhor chance da etapa inicial foi dos africanos, aos 25 minutos, quando Felipe Melo errou uma saída de bola, El Soleya recuperou na entrada da área e bateu cruzado, próximo à trave direita de Weverton.
O volante alviverde foi uma das quatro mudanças na escalação de Abel Ferreira em relação ao duelo com o Tigres (MEX). Mayke, Patrick de Paula e Willian também iniciaram o jogo, nos lugares de Marcos Rocha, Zé Rafael, Danilo e Gabriel Menino.
Reta final
Somente Rony, assim como já havia sido na semifinal, conseguiu finalizar uma bola que exigiu boa defesa de El Shenawy, quando o atacante desviou para o gol um cruzamento de Viña.
Em seu 72º jogo na temporada, o Palmeiras demonstrava cansaço, desatenção em alguns lances pouco criatividade ofensiva. Cenário que não foi muito diferente na etapa final. Tanto que o Al Ahly, novamente, teve a primeira boa chance de gol, aos 25.
El Soleya recebeu uma bola dentro da grande área e finalizou de voleio, exigindo boa defesa de Weverton. No rebote, Ajayi mandou para o gol, mas estava em posição irregular.
Abel Ferreira demorou 80 minutos para tentar mudar a postura de sua equipe, ao colocar Gabriel Menino, Danilo e Gustavo Scarpa em campo. Espaçado em campo, sem compactação principalmente no meio de campo, o Palmeiras seguiu sem fazer o goleiro El Shenawy trabalhar até os pênaltis.
Ficha técnica
Al-Ahly (3) 0x0 (2) Palmeiras
Estádio: Education City, em Doha (Qatar)
Árbitro: Maguette Ndiaye (Senegal)
Assistentes: Djibril Camara e El Hadji Samba (ambos do Senegal)
Quarto Árbitro: Mário Escobar (Guatemala)
VAR: Drew Fischer (Canadá)
Cartões amarelos: Weverton, Willian, Patrick de Paula (PAL)
Nos pênaltis: Benoun (gol), Rony (defendido); El Soulia (defendido); Luiz Adriano (para fora); Mohsen (trave); Gustavo Scarpa (gol); Hany (gol); Gustavo Gómez (gol); Ajayi (gol); Felipe Melo (defendido)
AL-AHLY
El Shenawy; Hany, Benoun, Ayman e Yasser; El Soulia, Hamdy e Akram (Dieng); Afsha (Sherif), Bwalya (Ajayi) e Taher (Mohsen). T.: Pitso Mosimane
PALMEIRAS
Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Viña; Felipe Melo, Patrick de Paula (Danilo) e Raphael Veiga (Gabriel Menino); Willian (Gustavo Scarpa), Rony e Luiz Adriano. T.: Abel Ferreira.
(Diário do Nordeste)
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