A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vê com preocupação a informação de que advogados do grupo Prerrogativas montaram uma força-tarefa para categorizar os diálogos entre procuradores e juízes da operação Lava Jato. A iniciativa está acontecendo com o objetivo de que conselhos do Ministério Público e da Justiça sejam acionados para cobrar punições aos envolvidos.
Em entrevista a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, nesta segunda (15), Cristiano Zanin Martins, advogado do petista, disse que apenas a defesa do ex-presidente teve acesso ao material e que caberá a ela analisar as mensagens e definir a estratégia que será posta em prática daí em diante.
"O material está sendo exclusivamente analisado pelo advogado do presidente e um perito e não foi compartilhado com ninguém", disse. Segundo ele, o objetivo, no momento, é reforçar a tese de suspeição do ex-juiz Sergio Moro no caso em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que pode anular a condenação no caso do tríplex do Guarujá.
A defesa de Lula teve acesso a 740 gigabytes de mensagens, o que, segundo integrantes do Judiciário, daria cerca de 10% do total de conversas que foram hackeadas. Os diálogos foram obtidos na operação Spoofing, da Polícia Federal (PF), que investiga seis pessoas que teriam invadido os celulares de procuradores.
(Bocão news)
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